Chevette S/R: Tente domá-lo!

outubro 06, 2022

Chevette S/R: Tente domá-lo!

Em 1981 a Chevrolet lançava o Chevette S/R, este que seria o primeiro Chevette brasileiro realmente esportivo (dado os Chevettes GP terem apenas uma caracterização esportiva). Inaugurou o motor 1.6 na carroceria Hatch que tinha apenas dois anos de mercado, trazendo um visual agressivo e um desempenho digno de um esportivo.

Os rumores de sua chegada já se viam no Salão do Automóvel de 1978, quando foi exibido o protótipo do Chevette SR. Visualmente inspirado no Vauxhall Chevette HSR (Versão esportiva Britânica), o protótipo do Chevette S/R era bem diferente do que foi lançado em 1981. O conceito trazia um capô mais alto e sem a grade, faróis redondos sob lente quadrada, pintura em degradê, saias laterais, para-choque envolvente, e o mais interessante: o conceito foi feito baseado no sedã de 2 portas e não no hatch.

Protótipo Chevette S/R 1978

Vauxhall Chevette HSR 1975

Traseira do Vauxhall Chevette HSR 1975

Três anos depois da exibição do protótipo, chega às lojas o S/R real, com design bem mais simples, somente na carroceria Hatch, porém com detalhes interessantes que o diferenciavam das versões comuns. Trazia molduras escuras e faróis quadrados, milhas abaixo do para-choques, rodas de liga leve e um aerofólio discreto, porém muito bonito na traseira, que deixou o visual do hatch muito mais harmônico.

No interior, bancos inteiriços de um misto de tecido xadrez e uma imitação de couro no acabamento, volante 4 raios exclusivo, forros de porta no mesmo padrão dos bancos e painel semelhante ao Chevette GP II. A novidade também vinha nos bancos traseiros que tinham o encosto bipartido, um ponto positivo que faria o minúsculo porta-malas aumentar sem perder todo o banco traseiro.

No cofre, era o primeiro a trazer o motor 1.6 à gasolina que aliado ao câmbio de 4 marchas rendia 80cv e 11,6kgfm de torque que levavam o pequeno hatch de 0 a 100 em 16,5 segundos, bem rápido pra época e 3 segundos mais rápido que o Chevette GP II 1977. O consumo rodoviário chegava a 14km/l e sua máxima era de 148km/h, o que se devia também à limitação do câmbio de 4 marchas. Mas mesmo assim, tinha potência superior aos Chevettes 1.6 posteriores (incluindo o 1.6/S), isso pode ser tanto por mudança de parâmetros de medição, quanto por variação no cabeçote. (Leia matéria sobre cabeçotes aqui no blog).