Electrovette - Um Chevette elétrico perdido na história
Nos Estados Unidos da década de 1970, o país estava passando por uma crise de combustível devido à dependência do petróleo importado. Como resultado, muitas montadoras começaram a desenvolver carros elétricos como uma alternativa. Em 1978, a Chevrolet apresentou o Electrovette, um hatchback subcompacto elétrico que poderia ter mudado o jogo para a montadora, mas que infelizmente não decolou.
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Bonitinho, não? |
O Electrovette tinha como proposta ser um carro auxiliar para a família, perfeito para fazer compras, rodar pelo bairro ou transportes de curta distância. Com um motor de 50 kW (67 cavalos de potência), o carro foi projetado para ser barato de possuir e operar, principalmente porque acreditava-se que os preços do combustível aumentariam de US$ 0,67 por litro para US$ 2,50 até 1980.
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No lugar do convencional medidor de combustível, um marcador de carga da bateria |
Embora tenha sido baseado no Chevette de produção, o Electrovette apresentava algumas diferenças notáveis, como uma distância entre eixos mais curta e uma bateria posicionada onde o banco traseiro normalmente estaria localizado. O carro foi projetado para ser alimentado por baterias de níquel-zinco (NiZn), mas seu desempenho foi decepcionante e elas foram rapidamente substituídas por baterias de chumbo-ácido menos caras.
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O porta malas ficava bastante comprometido, fora o fato de não ter bancos traseiros. |
De acordo com a Chevrolet, o Electrovette tinha uma autonomia de até 80 km a uma velocidade constante de 48 km/h e uma velocidade máxima de 85 km/h. Infelizmente, a previsão de que os preços do combustível aumentariam não se concretizou, e o Electrovette nunca foi produzido em massa.
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A Grade dianteira foi suprimida, pela ausência de necessidade de um radiador, características dos EV até hoje |
Hoje em dia, a Tesla é a principal fabricante de carros elétricos, mas mesmo assim, os veículos elétricos são vendidos principalmente para consumidores ricos com uma predisposição para abraçar novas tecnologias. E se o Electrovette tivesse sido produzido, será que teria tido sucesso? É difícil saber, mas é certo que a tecnologia de baterias ainda precisava avançar bastante antes que um veículo elétrico acessível e amigável ao consumidor pudesse ser construído em grande escala.
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Frank Fleck, diretor de engenharia da GM Canadá, ao lado do Electrovette. Vista para o cofre. |
Se você é fã de carros elétricos e ficou curioso sobre o que aconteceu com o Electrovette, saiba que o carro nunca foi visto no circuito de salões do automóvel; em vez disso, foi exibido em simpósios de engenharia e tecnologia e em reuniões de acionistas. Mas mesmo que não tenha sido um sucesso comercial, o Electrovette continua sendo uma peça importante da história dos carros elétricos e um lembrete de que nem todas as ideias vão vingar, mas que elas podem servir como inspiração para o futuro. Fiquem agora com mais algumas fotos dessa empreitada da GM:
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Bônus para quem chegou até aqui: Em breve matéria sobre o Chevette Turbo Injection!!! |
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