Chevette Jeans: Um Chevette com roupa esporte!
Vez ou outra escrevemos por aqui sobre as versões diferentes que o Chevette teve, seja no Brasil ou lá fora. Já falamos sobre os GP 76, GPII 77 e GP 78, falamos também do Chevette Silverline 84, do Chevette S/R, do Elétrico, Ouro Preto.... Mas ainda não falamos de tudo, certo?
Já me cobraram lá na página algumas dezenas de vezes, então finalmente vamos trazer uma matéria dedicada ao Chevette mais descolado que saiu da fábrica: O Chevette Jeans!
Por fora, pode acabar passando batido se você for um pouco desatento. Um adesivo lateral com a grafia "Chevette Jeans" em azul com contorno branco denuncia a versão. Estava disponível em apenas 3 cores: Branco Everest, Prata Diamantina Metálico, e Azul Iguaçu, sendo a segunda a opção mais cara da época por ser metálica e a última a mais rara de se encontrar.
Seguindo a análise dos itens externos, o visual seguia a linha dos demais, porém com para-choques em plástico preto e molduras pretas nas lanternas traseiras, sendo montada em cima da versão básica "Especial", da qual também herda o código de chassi de início 5C11 (Mesmo do Chevette Ouro Preto, que também não teve código específico do modelo)
Vamos passar agora para o interior, que é onde esse carrinho se destaca. À primeira vista, parece ser apenas uma forração de bancos diferente, porém olhando bem você começa a perceber que é um pouco mais que isso.
Antes de tudo, vamos contextualizar de onde saiu essa ideia diferente de cobrir o interior do carro com Jeans. As fabricantes de carros estavam buscando formas de alcançar o público jovem, sem ser apenas com os carros mais baratos. Então vimos chegar ao mercado o Passat Surf, Dodge Polara SE, Corcel Hobby... e a Chevrolet não podia ficar pra trás nessa briga pelos jovens.
E essa idéia do Jeans no carro não foi a única vez. Vimos aqui no Brasil o Gurgel X12 Blue Jeans, nos Estados Unidos o AMC Gremlin Levi's Jeans, o VW Fusca Jeans na Alemanha e até recentemente o VW Up Jeans também.
Voltando a interior, temos um revestimento completo em Jeans, não só dos bancos, mas também dos forros de portas e assoalho. Nas portas, a forração trazia um pequeno bolso, idêntico ao de uma calça jeans, como um pequeno porta objetos. Uma versão ainda menor desse bolso ficava na lateral dos bancos dianteiros, logo abaixo da alavanca de basculamento do banco. O assoalho era acarpetado (sem tapetes de borracha de série) e os forros de teto seguiam o padrão dos demais modelos, em cor clara.
Falando de motorização, tínhamos a mesma mecânica das outras versões (L, SL, Especial...), afinal a Chevrolet nunca ousou muito quando falamos da mecânica do Chevette, certo? Então temos o mesmo motor 1.4 de 68cv e 10kgfm de torque à gasolina e o mesmo câmbio 4 marchas de sempre.
Era um carro muito bacana e com um visual diferenciado, mas sendo realmente sincero, quero que você me responda: Por mais que você goste muito de Chevette, além do "rostinho bonito", o que mais o Chevette Jeans entregava?
Eu me questionei a mesma coisa e cheguei a seguinte conclusão: O Chevette nunca foi um carro de desempenho incrível, acabamento excepcional ou conforto absoluto, em qualquer versão que seja. Era só um carro popular com diferentes apelos visuais pra agradar públicos diferentes, tal como os "esportivos" GP e S/R, os "luxuosos" SE de 87, ou o despojado Jeans de 1979.
E mesmo assim, mesmo sabendo que o Chevette nunca quis ser nada mais que um rostinho bonito, nós não deixamos de gostar desse clássico, certo? Então vamos parar de querer comparar nossos carros com GTI's, 1.6R MPI's, XR3's e por aí vai. Chevette é Chevette!
o Tõe do Chevas
.jpg)







.png)
.jpg)

Comentários
Postar um comentário